Sempre que o assunto for concurso de beleza, as candidatas venezuelanas serão focadas.
Agora, em 2013 agregaram o 7º (sétimo) título, isso somente no Miss Universo. Elas são protagonistas não por serem as
mais belas; não por terem fluência em língua
inglesa; e não por serem extrema e estrategicamente modificadas. Mas, por serem eleitas, primeiramente, misses de seu
País e durante o “reinado”, preparadas, em todos as acepções da palavra,
para disputar títulos internacionais.
Muitos
condenam a chamada “fábrica” de misses venezuelana. Alegam que as moças
passam por modificações extremas na aparência para chegar a um aspecto ideal de
competição. De fato, percebe-se, sem
muito esforço, a transformação por que
passam, mas, é perceptível também, que isso é necessário quando não se dispõe sempre de mulheres naturalmente belas
para ostentar um título de beleza. Quando não as têm, a tecnologia, a
dedicação com profissionalismo e o empenho em tempo hábil fazem de mulheres “comuns”
verdadeiras "afrodites".
Com isso, não
queremos dizer que tais intervenções serão sempre necessárias, mas quando
são mostram ao mundo que nascer belo não
é prerrequisito para lograr títulos de beleza.
Antes de ter
uma beleza natural e irretocável é mais que imprescindível, agregar a isso
outras virtudes e atitudes que somadas poderão nos fazer ser percebidos sobre o ângulo da beleza plena. E os concursos de
beleza sempre primaram, e hoje mais que nunca, por eleger candidatas seguras de si. Que saibam contornar ou resolver
situações com desenvoltura; que saibam
contestar com firmeza.
Se são naturais
fisicamente ou não, numa contestação oral, numa apresentação de palco isso
pouco influenciará, pois o trabalho fora
realizado e realizado com perfeição, ainda que venha a ostentar nuances
inexpressivas em decorrência de eventuais intervenções cirúrgicas. Segurança ao falar ainda é um cartão de visitas.
Seja a
beleza natural ou construída, consegui-la somente é possível com extremo
afinco e tempo para isso. Assim, não é
prudente condenarmos uma candidata por ostentar um semblante construído, e
no caso da venezuelana eleita miss Universo 2013, ela saiu bem à frente das demais: preparou-se por um ano, enquanto cumpria sua agenda nacional como miss
Venezuela 2012; usou e gozou de todo o tempo necessário ao seu
aperfeiçoamento e chegou ao miss Universo 2013 com muita segurança e atitude,
advindas das instruções e treinamentos que recebera.
Devemos nos
preparar para vencer, e não o contrário, e não é porque a vitória não vem,
mesmo quando nos preparamos em tempo, que devemos desistir. De toda sorte, quem se dedica em um espaço mais amplo, tem
sempre mais probabilidades de sagrar-se campeão. É o que ocorre com as
venezuelanas e, em especial, o que ocorreu com Gabriela Isler, eleita a miss
Universo 2013.
O Brasil,
elegeu sua representante a exatos 18 (dezoito) dias do início do miss Universo
2013. Tivemos a felicidade de escolher uma dona dotada de grandes virtudes,
capacidade e beleza. Com parcos 18 (dezoito) dias chegou ao Top5 do miss Universo e terminou com o
honroso 5º (quinto) lugar. Um feito memorável!
Agora, imaginemos
essa menina eleita com um tempo disponível de pelo menos 6 (seis) meses
antes de competir. Tempo para adquirir mais experiência para falar, mais
maturidade para desenvolver ideias.
Assim,
torna-se desnecessário indagarmos onde estamos errando – nós e muitos
outros países. Ainda assim, não é demais ratificar: confiamos demasiadamente em nossa beleza-natural e esquecemos que
há outros requisitos a serem trabalhados, tais como, a força argumentativa, o poder de convencimento retórico e o controle
emocional.
Diante de tudo que temos consciência, continuamos a errar. O que nos torna
insensatos ao condenarmos, de alguma forma, aqueles que desenvolvem um trabalho tempestivo e buscam, de todas
as maneiras possíveis e sadias, alcançar a perfeição, mesmo quando esta não fora marcada pelo fator genético.
Quem já foi
abençoado pela genética poderá dar-se ao luxo em dispor de menos tempo. Mas
ainda assim, precisará dele – DO TEMPO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário