sábado, 7 de junho de 2014

MUB/14 – será 2014 o ano da consolidação da rota concreta do Miss (Universo) Brasil?

Em rápido passeio nos arquivos deste Blog é possível visualizarmos as ondulações no mundo-paralelo1 brasileiro, especialmente nos últimos três ou quatro anos.

Aqui, com base em informes, informações, notícias e opiniões dos mais variados tipos formamos o nosso ponto de vista sobre este mundo desconhecido de muitos, mas nem por isso menos fascinante que os outros mundos.

Nos permitimos criticar, ser criticados, elogiar e reconhecer os avanços e ações notáveis, quando elas existem. São raras, convenhamos, mas elas ocorrem e nesses rompantes de facetas esporádicas devem ser reconhecidas.

O Miss (Universo) Brasil – o mais tradicional e visível certame brasileiro –, em tempos modernos jamais gozou de credibilidade no mundo-paralelo. Essa é uma afirmação somente passível de entender, àqueles que estão inseridos e o acompanham, ou quem se dá ao trabalho de pesquisar sobre as facetas registradas nos anais do concurso ao longo dos anos.

A Band, canal de TV que durante 10 anos limitou-se a transmitir um certame a cada ano, viu sua imagem correr o risco de ser vinculada aos desmandos à época vigentes e, a partir de 2012 resolvera tomar para si toda a responsabilidade de escolha da representante brasileira para o Miss Universo. Sábia decisão.

Após o aplaudido anúncio, os primeiros sinais de avanço começaram a emergir. A apresentação passou a ser conduzida por, no mínimo, um profissional de comunicação; a sede do evento foi descentralizada, saindo de São Paulo e pousando em Fortaleza, o que resultou no mais belo evento realizado nos últimos anos. Outro aspecto positivo foi a possibilidade de se mostrar aos outros Estados a importância, principalmente cultural e turística do evento Miss Brasil.

Onde será o MUB2 2014?
Mas, nem tudo é perfeito e nesses quase três anos percebemos que a casa ainda não fora arrumada totalmente. Se hoje podemos afirmar que temos um Miss (Universo) Brasil Itinerante realizado com sucesso, o mesmo não podemos afirmar do descontrole nos Estados, quando nos referimos as Coordenações Locais; o mesmo não podemos dizer do calendário de eventos, um dos principais empecilhos ao sucesso absoluto do certame.

Temos uma Organização Nacional, capitaneada (aparentemente) pela Enter/Band, no entanto, hoje é perceptível que as Coordenações nos Estados são organismos amputados da principal. Até aqui a unicidade não marcou presença nos atos e ações desses entes miss’ológicos. Nesses termos, lamentamos.

Noutro polo, a presença dos capitães-nacionais está mais latente, mais explícita. As poucos candidatas até aqui eleitas para concorrerem ao título de 2014 (seis ao todo), apresentam-se numa linha de competição adequada – como pede os tempos modernos, como exige o mercado e os certames internacionais. Existe, claramente, a preocupação de se eleger nos estados, apenas candidatas com real possibilidade de ostentar um título nacional. Isso é louvável. Acerto da Enter/Band ao formar um corpo técnico-moderno para filtrar as mais belas e competitivas candidatas.

Lembramos que devemos tecer elogios e apontar os acertos com uma certa parcimônia, isto porque estamos a falar de Miss (Universo) Brasil e temos plena consciência de que os ventos podem mudar a qualquer momento; também, não é tão fácil romper paradigmas arcaicos num mundo altamente ligado ao passado. Por outro lado, não é impossível como bem nos revelam os últimos dois anos – quase três –, nas eleições regadas à coerência.

Se 2012 repeliu as águas contaminadas, 2014 poderia ser o início da consolidação da nova fórmula elaborada para descontaminar de vez até as impurezas mais dissimuladas.

Ainda é cedo… mas não custa sonhar!
1. o mundo dos concursos de beleza;
2. Miss Universo Brasil.

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